Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(E nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E ha uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)
E talvez de meu repouso...
Mario Quintana
Na foto, a cidade de Porto Alegre
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6 comentários:
Debi
1 beijo
Quintana grande Quintana,
onde andas, em que ruas.
Nas ruas que nunca andastes,
nas ruas onde repousas.
Por isso não és reconhecido.
Nas que nunca andastes,
nunca ti viram antes.
Nas ruas onde repousas
tu não vives,
vives entre nós.
Pelo jeito
A Debi foi passar o fim de semana em Torres....
Divirta-se.
beijos
Porto Alegre tem encantos que surpreendem e ao ler Quintana recebe contornos poéticos.
Gosto de Porto Alegre no verão, menos movimento, menos quente que minha cidade, cheia de teatro. Uma delícia.
Olá, adorei o teu blog e o teu perfil!
pretendo visitar mais vezes...
beijos.
Eita eita q nao sabia q essa menina atualizava com tanto afinco. hehe mas li todos os outros, realemnte aqueles teus versos preferidos sao lindos, e essa poesia tb.
voltarei com mais frequencia, agora q peguei o ritmo. hihi
beijos menina.
Linda foto e poema. Bjs
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