Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles
Um comentário:
Encontreiiiiiiii, Débih!!!! Hu-Hu! Ai, que susto! Essa história, minha fofa guria dos Pampas, de dois endereços me embaralha todinha! Mas devo entrar sempre nesse e o outro? Desativado? Então vou trocar lá no blog...rsrsrs! Sempre atrapalhada! Mas eu chego! Amei você está "curiosa" sobre o Octavio Brandão! Menina, porque que a História do Brasil que contam prá gente, é tão cheia de "Mistérios"!!! Os grandes rebeldes ficam ocultos ou quando aparecem, são como o "bandido"! Nossa!
Olha, mas tem muitos versos lindos do Octavio! Eu me apaixonei(no sentido de leitora!)...hááá, quer saber por que "Só" nesse sentido? Aguarde!
Linda, essa poesia da Cecília, tão bem sempre "recolhida" por você, me toca fundo e reflito...Serão "Todos" os "Artistas" de todas as linguagens fadados a sentirem Tanto, que sofrem, se inquietam. São altos e baixos contínuos, e na obra artística tudo isso é refletido, é sentido de forma mais intensa! Ai, a condição humana! Ai, dos que enxergam além das vendas da sociedade pré-estabelecida! Ai, ai! Quanta dor! Quanta emoção! Minha linda amiga poetiza, digo, mais uma vez: Que sorte ter te encontrado! E mais ainda, termos perpetuado esses laços tão fortes unidos pela paixão das Letras, das Artes! Grande Beijo! Ceci
PS: Tem um Aniversariante Super especial lá no blog! Um Educador/Poeta! Beijinhosss!!!!!!!!
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