A vista do por-do-sol no aeroporto azul de Porto Alegre era linda naquele dia. O vento soprava como sempre e lembrei de quando senti ali mesmo, pela primeira vez, que pertencia ao vento. Mas ninguém vai ao aeroporto azul de Porto Alegre ver o sol se pôr em um dia triste de junho.
Desta vez os transuentes eram muitos, as filas eram longas e não havia um Papai Noel. Vi muitos abraços, beijos, apertos de mão e muitos "boa viagem" e "até breve". Nunca vou me acostumar com despedidas, principalmente daquelas das quais faço parte...
No abraço apertado esqueci o mundo e tudo em volta pareceu parar. Eu pude sentir os corações batendo, minhas lágrimas correndo, pude escutar o que sempre quiz, ouvir um suspiro emocionado, espiar um olhar triste, mas não consegui dizer uma palavra sequer. E a gente sente que os segundos daquele abraço deveriam ser eternos, como eles são na nossa lembrança.
Mas o relógio continuou rodando e o avião esperando a hora de partir. Então uma força pareceu separar aquele abraço que não deveria ter fim. E me sinti como uma criança levada do colo de quem ela ama.
Eu o perdi de vista, perdi o chão sob os meus pés e não sabia mais que caminho seguir. Não queria ir embora, pois o dia terminaria e pela manhã eu saberia que não foi um sonho, foi mesmo mais uma despedida triste no aeroporto azul de Porto Alegre.
Mas agora a vida segue e espero pelo aeroporo que possa ser palco de um reencontro.
Desta vez os transuentes eram muitos, as filas eram longas e não havia um Papai Noel. Vi muitos abraços, beijos, apertos de mão e muitos "boa viagem" e "até breve". Nunca vou me acostumar com despedidas, principalmente daquelas das quais faço parte...
No abraço apertado esqueci o mundo e tudo em volta pareceu parar. Eu pude sentir os corações batendo, minhas lágrimas correndo, pude escutar o que sempre quiz, ouvir um suspiro emocionado, espiar um olhar triste, mas não consegui dizer uma palavra sequer. E a gente sente que os segundos daquele abraço deveriam ser eternos, como eles são na nossa lembrança.
Mas o relógio continuou rodando e o avião esperando a hora de partir. Então uma força pareceu separar aquele abraço que não deveria ter fim. E me sinti como uma criança levada do colo de quem ela ama.
Eu o perdi de vista, perdi o chão sob os meus pés e não sabia mais que caminho seguir. Não queria ir embora, pois o dia terminaria e pela manhã eu saberia que não foi um sonho, foi mesmo mais uma despedida triste no aeroporto azul de Porto Alegre.
Mas agora a vida segue e espero pelo aeroporo que possa ser palco de um reencontro.
Débora L. Hübner
2 comentários:
aiiii...vou chorar!!!! Aeroportos sao pontos de despedidas...e de reencontros...de frio na barriga, de coracao apertado, de coracao batendo forte...eh bom isso...e tenho certeza que so ira fortalecer o amor que existe entre voces...
Queria que fosse possível fazer com que os filhos não precisassem passar por sofrimentos deste tipo........ Mas se não fui capaz de não a fazer sofrer na primeira vez... como seria possível não fazê-la sofrer desta...
O consolo é que a cada partida, a cada despedida, amadurecemos um pouco mais...
Mas tb envelhecemos mais...
Também aos poucos nos aproximamos mais da nossa própria despedida...
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